quarta-feira, 1 de março de 2017
Por: Tercília Araújo*


“Somente quando for cortada a última árvore, poluído o último rio, pescado o último peixe, é que o homem vai entender que não pode comer dinheiro”

A conturbada relação entre homem e meio ambiente alcança seu auge após o processo de revolução industrial ocorrido nos séculos XVIII e XIX. Uma vez que o índice de consumo tendeu a aumentar nesse período, os meios de descarte entretanto eram e continuam sendo muitas vezes inacessíveis para a população comum. Ainda nessa época, a criação e utilização de insumos também favoreceram o processo de degradação da natureza, visto que o homem visa apenas o lucro provindo da natureza mas não se compromete em cuidá-la.


As modificações ambientais causadas pela ação humana trazem consequências, e estas podem ser positivas ou não. De acordo com as respostas que a natureza tem dado, por meio de desastres ambientais, nota-se que a interferência humana tem causado danos, muitas vezes irreparáveis, seja no descarte inadequado de resíduos ou no desmatamento frequente, para alimentar um capitalismo egoísta.

A degradação do solo e a diminuição da fauna de algumas regiões em virtude de queimadas ou do uso indiscriminado de agrotóxicos, também são processos assustadores, no entanto, muito comum entre os proprietários de terras.

É importante ressaltar que os impactos ambientais causados pelo homem prejudicam tanto a natureza quanto os seres que nela habitam e dela dependem. O descarte de resíduos sem a menor responsabilidade, o uso cada vez mais frequente de produtos descartáveis, e a vontade exacerbada de acompanhar as novas tecnologias levam a um processo extremo de degradação, onde a natureza é explorada em todos os seus aspectos e recebe apenas lixo gerado. O homem degrada sua própria fonte de vida, como já dizia Thomas Hobbes: “O homem é o lobo do próprio homem.”

Os biomas brasileiros sofrem interferências negativas desde a chegada dos primeiros colonizadores, os quais preocuparam-se apenas com a exploração. A princípio, com a extração do pau-brasil, logo após veio a busca incessante por minérios e não parou desde então, gerando uma perda imensurável da flora, da fauna e da beleza natural de cada região.

A preocupação com a ação humana de forma negativa na natureza tem ganhado espaço nos últimos anos, uma vez que esta situação tende a piorar e a prejudicar de forma assustadora as gerações futuras. Tendo em vista este contexto preocupante, foi definido como tema da Campanha da Fraternidade deste ano: “Fraternidade: biomas brasileiros e defesa da vida”, e como lema “Cultivar e Guardar a Criação”.


*Tercília Araújo, é Discente do colégio José Augusto Vieira.

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